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CASA do FOLFURINHO - Famílias Teixeira de Lencastre e Teixeira de Queirós

  • Writer: Carmen Souza Soares Reis
    Carmen Souza Soares Reis
  • Oct 30, 2023
  • 13 min read

Updated: Feb 16


Casa do Folfurinho em Castelões de Recezinhos, Penafiel

(vista da Avenida do Folfurinho)


SEBASTIÃO DE BARROS TEIXEIRA, o mais conhecido senhor da Casa do Folfurinho, deixou imensa descendência e viveu 90 anos na mesma casa que abrigou sua família desde os anos 1600s. Essa antiga casa ainda existe na freguesia de Castelões, mas encontra-se bastante degradada. Faz muito tempo que os descendentes de Sebastião mudaram-se dali e espalharam-se pelo mundo! A Casa do Folfurinho já estava abandonada e envolvida em questões de partilhas quando a conheci no fim dos anos 90. Poucas são as antigas casas senhoriais que conseguem ser mantidas ou reformadas para servir de residência de férias para a família (a altíssimo custo) ou transformar-se em propriedades de turismo rural. Estive em Castelões em julho de 2023 e encontrei a mesma situação de abandono: a Casa do Folfurinho está a clamar por um restauro! A impressão que tive naquela ocasião, depois de mais de 20 anos da minha primeira visita, foi que a casa se encontra devassada, sem a cerca e o arvoredo que a circundavam e mantinham envolvida num ar de mistério, que talvez tenha sido o motivo que me levou a estudar a sua história.


SEBASTIÃO DE BARROS TEIXEIRA foi o patriarca de duas famílias ligadas à nossa. Ele teve filhos de dois casamentos: 1) com Maria Benedita de Lencastre e Meneses teve BRUNO TEIXEIRA DE LENCASTRE, ancestral de muitos primos nossos, de Lisboa e da Casa do Marmoiral, e 2) com Leopoldina Augusta de Queirós Reis teve 10 filhos, com os apelidos QUEIRÓS DE BARROS ou TEIXEIRA DE QUEIRÓS, que são nossos primos pela família Magalhães Queirós da Casa da Botica.


A Casa do Folfurinho pertencia à família da mãe de Sebastião de Barros Teixeira, MARIA TOMÁSIA TEIXEIRA DE CARVALHO, que casou-se com ANTONIO JOSÉ DE BARROS E SOUZA da Casa da Costa em Airães, Felgueiras, que assumiu o senhorio da Casa do Fulfurinho a partir do seu casamento no início do século XIX.


A partir desse parágrafo, os nomes em letras maiúsculas indicam os moradores da CASA DO FOLFURINHO que foram ANCESTRAIS de Sebastião de Barros Teixeira.


Sem ter a pretensão de escrever uma história da Casa do Folfurinho, e atendo-me aos limites dos recursos da Genealogia, elaborei um modesto estudo da origem dessa casa. Usei a genealogia da mãe de Sebastião de Barros Teixeira para identificar os moradores mais antigos da Casa do Folfurinho.


MARIA TOMÁSIA TEIXEIRA DE CARVALHO era neta de Baltazar Luiz e Felipa Ferraz de Souza, os patriarcas da família da Casa de Valbom, uma das mais antigas casas de Castelões. É possível que os terrenos da Casa do Folfurinho tenham algum dia pertencido à Casa de Valbom. Uma neta de Baltazar Luiz e Felipa Ferraz de Souza, ISABEL NUNES FERRAZ (tetravó de Maria Tomásia), filha de Francisco Ferraz de Souza e Maria Nunes Ribeiro, casou com ANTONIO MOREIRA (tetravô de Maria Tomásia). O nome de ANTONIO MOREIRA aparece nos primeiros registros paroquiais de Castelões como morador do lugar do Folfurinho. Também é possível que a Casa do Folfurinho tenha sido construída em terrenos da família Moreira, que era proprietária de muitas terras em Castelões, inclusive da Quinta de Vila Nova e da Quinta de Mains. ANTONIO MOREIRA era filho de Salvador Moreira e sua avó paterna Fancisca Moreira era da Quinta de Vila Nova.

Os mais antigos senhores da Quinta de Vila Nova foram Felipe Moreira e Maria Moreira.

Seu filho Lopo Moreira foi ancestral dos Monterroios da Quinta de Vila Nova.

Seu filho Capitão Gaspar Moreira foi ancestral dos Ferrazes da Quinta de Valbom e dos Coelho da Mota da Quinta de Mains, pela filha Felipa Vieira da Mota, casada com o Cavaleiro Fidalgo Cosme de Campos, que herdaram essa quinta.


Uma das filhas de Antonio Moreira e Isabel Nunes Ferraz foi ISABEL FERRAZ (trisavó de Maria Tomásia), que casou-se com MELCHIOR RIBEIRO e herdaram a Casa do Folfurinho. Sua filha SEBASTIANA RIBEIRO (bisavó de Maria Tomásia) casou-se com BELCHIOR FREIRE e um filho desse casal, MATHIAS RIBEIRO FREIRE, casou-se com ANNA TEIXEIRA (avós paternos de Maria Tomásia). Seu filho ANTONIO TEIXEIRA RIBEIRO casou-se com ANGELA MARIA TEIXEIRA DE CARVALHO (pais de Maria Tomásia) e são os avós maternos do nosso principal personagem.


Casa do Folfurinho - vista por outro ângulo da Avenida do Folfurinho

(apenas um pequeno muro separa a casa da estrada, deixando-a completamente devassada)


Casa do Folfurinho - vista da esquina com a Rua do Barreiro


Casa do Folfurinho - uma vista dos fundos da casa


Casa do Folfurinho - foto antiga dos fundos da casa, quando ainda havia vegetação



Doze Gerações da Família da Casa do Folfurinho


Esse trabalho está organizado em forma de relação cronológica dos casais que viveram na Casa do Folfurinho, segundo os livros paroquiais de Castelões. Consegui identificar 11 casais e cheguei a 12 gerações de moradores daquela casa. Comecei pelos casais mais antigos até chegar aos dois casamentos de Sebastião de Barros Teixeira e a última família de proprietários da Casa do Folfurinho. Escolhi Sebastião de Barros Teixeira como figura central desse estudo porque tive parentes que chegaram a conhecê-lo e também porque, a partir da sua geração, a existência dos moradores daquela casa foi documentada através de fotografias e retratos conservados pelos parentes, ou encontrados na casa abandonada..


1º casal:

ANTONIO MOREIRA e ISABEL NUNES FERRAZ e tiveram os seguintes filhos:

ISABEL FERRAZ (segue), Manuel Ferraz, Domingos Ferraz, Brites Ferraz

(todos nascidos antes de 1612 - antes dos primeiros registros de batismo de Castelões)

- ISABEL NUNES FERRAZ faleceu em 30 Jun 1621

- ANTONIO MOREIRA faleceu viúvo em 12 Jan 1660


2º casal:

ISABEL FERRAZ e MELCHIOR RIBEIRO casaram-se em 2 Fev 1634 e tiveram os seguintes filhos:

Manuel n. 12 Nov 1635

João n. 29 Jun 1638

Maria Ferraz n. 01 Mai 1641 – f. 08 Nov 1699.

SEBASTIANA RIBEIRO n. 24 Nov 1643 (segue)

Angela Ferraz n. 30 Jan 1647 – f. 10 Abr 1700

- ISABEL FERRAZ faleceu em 10 Mai 1653

- MELCHIOR RIBEIRO faleceu viúvo em 20 Ago 1660.


3º casal:

SEBASTIANA RIBEIRO e Domingos Teixeira casaram-se em 22 Out 1658 e tiveram uma filha:

Angela Teixeira n. 20 Out 1662

(c.c. Gonçalo de Souza de Carvalho - sua filha Clara Maria de Souza Carvalho foi senhora da Quinta da Fonte, em Castelões - seus descendentes constam da árvore genealógica da Casa de Valbom)

- Domingos Teixeira faleceu em 15 Set 1663.


4º casal:

SEBASTIANA RIBEIRO e BELCHIOR FREIRE casaram-se em 1 Nov 1664 e tiveram os seguintes filhos:

Mariana Ribeiro n. 22 Set 1665 – ainda vivia em 1690

Isabel n. 3 Mar 1669 – f. 29 Mai 1700

MATHIAS RIBEIRO FREIRE nasceu em ? (segue)

Luiza n. 05 Dez 1677 – f. ?

Joana Ribeiro n. 29 Set 1680 – f. 03 Mar 1739

Teresa n. 9 Abr 1684 – f. ?

José n. 12 Jan 1689 – f. ?

- SEBASTIANA RIBEIRO faleceu em 26 Ago 1699

- BELCHIOR FREIRE faleceu viúvo em 23 Jun 1700.


5º casal:

MATHIAS RIBEIRO FREIRE e ANNA TEIXEIRA casaram-se em 18 Jun 1708 e tiveram os seguintes filhos:

ANTONIO TEIXEIRA RIBEIRO nasceu em ? (segue)

Teresa Teixeira n. ? – f. 07 Jun 1777

Rosa Teixeira n. ? – f. 18 Fev 1790

Josefa Teixeira n. ? – f. 19 Mai 1792

- MATHIAS RIBEIRO FREIRE faleceu em 29 Set 1729.

- ANNA TEIXEIRA faleceu viúva em 24 Dez 1763.


6º casal:

ANTONIO TEIXEIRA RIBEIRO e ANGELA MARIA TEIXEIRA DE CARVALHO casaram-se antes de 1760 e tiveram uma filha:

MARIA JOAQUINA TEIXEIRA n. 26 Out 1760 (segue)

- ANTONIO TEIXEIRA RIBEIRO faleceu em 01 Out 1783

- ANGELA MARIA TEIXEIRA DE CARVALHO faleceu viúva em 8 Dez 1788.


7º casal:

MARIA JOAQUINA TEIXEIRA e ANTONIO DA COSTA AIRES casaram-se em 10 Jan 1785 e tiveram uma filha:

MARIA TOMÁSIA TEIXEIRA DA COSTA n. 9 Out 1787 e f. 23 Jan 1821 (segue)

- ANTONIO DA COSTA AIRES faleceu em 31 Jul 1834.

- MARIA JOAQUINA TEIXEIRA faleceu viúva em 29 Abr 1842 (sobreviveu à filha, deve ter criado os netos).


8º casal:

MARIA TOMÁSIA TEIXEIRA DA COSTA e ANTONIO JOSÉ DE BARROS casaram-se 28 Mar 1806 e tiveram os seguintes filhos:

Delfina Emília Teixeira de Barros n. 11 Mar 1807

(c.c. Antonio Pinto de Magalhães Aguiar - a família de seu filho Gaspar Pinto de Magalhães Aguiar, Visconde de Sobreira, consta da árvore genealógica da Casa de Valbom)

José de Barros Teixeira n. 21 Abr 1810

Manuel de Barros Teixeira n. 20 Mar 1813

Antonio n. 7 Jun 1818 – f. 30 Jul 1820

SEBASTIÃO DE BARROS TEIXEIRA n. 20 Jan 1821 (segue)

- MARIA TOMÁSIA TEIXEIRA DA COSTA faleceu em 23 Jan 1821, em consequência do parto.

- ANTONIO JOSÉ DE BARROS faleceu viúvo em 28 Jul 1867.


9º casal:

SEBASTIÃO DE BARROS TEIXEIRA e Maria Benedita de Lencastre e Meneses casaram-se em 08 Nov 1849 e tiveram um filho:

Bruno Teixeira de Lencastre e Meneses n. 09 Out 1845 (segue)

- Maria Benedita de Lencastre e Meneses faleceu em 04 Jun 1851, antes de completar dois anos de casada.

- Sebastião de Barros Teixeira viveu 21 anos no estado de viúvo.


10º casal:

SEBASTIÃO DE BARROS TEIXEIRA casou-se em 5 Jul 1872 com Leopoldina Augusta de Queirós Reis e tiveram dez filhos:

Leopoldo de Barros Teixeira dos Reis n. 24 Jul 1873 – f. solteiro em 2 Ago 1913

Rodrigo de Barros Teixeira dos Reis n. 25 Out 1874 – f. solteiro antes do pai

Maria Sebastiana de Queirós Barros n. 16 Jan 1876

(c.c. Jorge Vieira Coelho, tiveram 2 filhos: Jorge e Maria Helena)

Carlos Alberto de Queirós Barros n. 10 Nov 1877 – f. 24 Dez 1957

(c.c. sua prima Arcângela Queirós de Lencastre, sem filhos)

Maria Leopoldina Teixeira de Queirós n. 07 Jul 1879

(c.c. Raul Vieira Coelho, tiveram 3 filhos: Raul Carlos, Antonio José e Maria de Lourdes – seu neto “Toni” Vieira Coelho é o atual herdeiro da Casa do Folfurinho)

Sebastião José de Queirós Barros n. cir 1880 – f. aos 77 anos

(deixou um filho: Joaquim Ferreira de Almeida)

Antonio José de Barros Teixeira de Queirós n. 05 Nov 1882 – f. 29 Nov 1949

(c.c. Aida Sobral Vicent, tiveram um filho: Antonio José Vicent de Queirós Barros)

Francisco de Queirós Barros n. 28 Out 1884 – f. 14 Fev 1965

Maria Emília Teixeira de Queirós Barros n. 08 Mai 1886 – f. 26 Jun 1965

(c.c. seu primo Augusto Teixeira Leite Cardoso Brochado, da Casa de Ambrães, tiveram 3 filhas e 4 netos, filhos de Maria Alexandrina Monterroio Cardoso Brochado c.c. Carlos Alberto Martins da Rocha)

Maria José de Queirós Barros n. 19 Mar 1889 – f. 17 Mar 1913

(c.c. Ernesto Lopes Vieira, tiveram uma filha: Maria Leopoldina - seu filho Manuel foi um dos herdeiros)


- SEBASTIÃO DE BARROS TEIXEIRA faleceu em 19 Nov 1910, aos 89 anos. Deixou 9 filhos (2 haviam falecido) e 16 netos.

- Leopoldina Augusta de Queirós Reis viveu no estado de viúva durante 35 anos. Faleceu em 26 Mar 1946, aos 94 anos.


Uma nota: o 10º casal foi contemporâneo do 11º casal. A partir de 1874, a família da Casa do Folfurinho foi constituída de dois casais: 1) Sebastião de Barros Teixeira e Leopoldina Augusta de Queirós Reis, que casaram-se em 1872 e tiveram 10 filhos entre 1873 e 1889, e 2) seu filho Bruno Teixeira de Lencastre e Maria Antonia de Queirós Reis, que casaram-se em 1874 e tiveram 5 filhos entre 1876 e 1884. Pai e filho casaram-se com duas irmãs, portanto, todas as crianças da Casa do Folfurinho eram primas entre si, além de serem tios e sobrinhos. Muito foi dito e especulado a respeito desses dois casamentos e desses dois casais que viveram mais de 10 anos juntos naquela casa.

Essa história inusitada tornou-se lenda familiar, sobre a qual ouvi relatos de parentes e narrativas controvertidas.

Os relatos coincidem em alguns detalhes: o jovem Bruno Teixeira de Lencastre agradou-se de "uma moça da Casa da Botica" e pediu ao pai que fôsse pedir a mão dela para ele. Mas a visita do pai (viúvo de 50 anos) à Casa da Botica de Vila Meã não resultou no noivado do filho com a sua pretendida, mas sim no noivado do próprio pai com a moça Leopoldina (19 anos). Casaram-se meses depois. Passados dois anos, Bruno veio a casar-se com Maria Antonia, outra "moça da Casa da Botica" (irmã mais moça da sua madrasta).

As narrativas controvertidas tiveram origem numa frase que Leopoldina teria dito na ocasião do seu inesperado pedido de casamento: "Se o filho é prata, o pai é ouro"... Essa observação, comparando a fortuna do filho com a fortuna do pai, deu ensejo à especulação que teria sido ela, Leopoldina, a pretendida do filho e que ela o trocara pelo pai. No entanto, é possível que a observação tenha sido dirigida à sua irmã mais moça, que esperava ser pedida em casamento pelo herdeiro da Casa do Folfurinho e que iria casar-se antes da irmã mais velha, que não tinha pretendente...


11º casal:

Bruno Teixeira de Lencastre casou-se em 26 Jan 1874 com Maria Antonia de Queirós Reis e tiveram os seguintes filhos:

Bruno de Magalhães e Meneses de Lencastre n. 12 Mar 1876

Maria Benedita Teixeira de Lencastre n. 02 Mar 1878

Arcângela Queirós de Lencastre n. 18 Dez 1879

Maria Antonia Queirós de Lencastre n. 22 Fev 1882

Antonio de Barros Teixeira de Lencastre n. 03 Jan 1884


- Maria Antonia de Queirós Reis faleceu em 18 Fev 1884, um mês após o nascimento do seu 5º filho, aos 30 anos de idade.

- Bruno Teixeira de Lencastre faleceu em 1886, dois anos após a morte da sua mulher. Era o filho primogênito e herdeiro natural da Casa do Folfurinho, mas morreu antes do pai, sem herdar nada. Seus filhos foram criados por tios e parentes, tendo por Tutor um primo da Casa de Cabanelas: Joaquim Pereira de Sotto Maior e Meneses. A herança a que tinham direito foi bastante consumida com o seu sustento, conforme provam documentos recentemente recuperados.


12ª geração - Filhos de Bruno Teixeira de Lencastre e Maria Antonia de Queirós Reis


Após a morte do pai, os cinco irmãos órfãos foram separados. Os mais velhos (Bruno e Maria Benedita - de 10 e 8 anos) foram viver com parentes em Viana do Castelo. Os mais novos (Arcângela, Maria Antonia e Antonio - de 7, 4 e 2 anos ) ficaram em Castelões e Vila Meã, sendo criados pelos tios da Casa da Botica e a tia da Casa do Folfurinho.


Bruno de Magalhães e Meneses de Lencastre:


Também conhecido como Bruno Teixeira de Lencastre. Já adulto, passou uma longa temporada no Brasil, com seus primos do Parque Souza Soares, e a eles dedicou algumas fotografias em que usou o apelido Magalhães da sua família da Casa da Botica. Ficou conhecido pelas gerações posteriores como “Primo Bruno”, sempre lembrado pela sua postura elegante e pela sua gentileza. Foi criado em Viana do Castelo, onde casou-se com Ismênia Emília Vieira da Fonseca. Tiveram 5 filhos. A filha mais velha, Maria Ismênia da Fonseca de Magalhães e Meneses de Lencastre (1904-1951), casou-se em 1928 na Capela da Casa de Santa Cruz em Vila Meã, com o Dr. Torquato Brochado de Souza Soares (1903-1987) e tiveram 5 filhos, sendo primogênito Afonso Brochado Lencastre de Souza Soares (1929-2019), que foi herdeiro da Casa do Marmoiral em Vila Meã. Os outros filhos do casal Bruno e Ismênia foram: Maria Carolina, Bruno (que deixaram descendentes), Carlos e Anibal (que faleceram solteiros).


Bruno Teixeirde Lencastre coma  sua família
Bruno de Magalhães e Meneses de Lencastre com sua família cir 1907
Bruno de Magalhães e Meneses de Lencastre cir 1935 - durante uma temporada que passou em Pelotas, no Parque Souza Soares
Bruno de Magalhães e Meneses de Lencastre cir 1935 - durante uma temporada que passou em Pelotas, no Parque Souza Soares

Maria Benedita Teixeira de Lencastre:


Foi criada por parentes em Viana de Castelo, onde se casou com Antonio Teixeira da Silva. Seu filho Manuel Teixeira de Lencastre (1910-1949) foi o patriarca da família Teixeira de Lencastre de Lisboa. Ele era militar e viveu em Vila Real, Luanda e Timor Leste, onde faleceu. Maria Benedita faleceu em 1918, durante a epidemia de gripe espanhola.


Arcângela Queirós de Lencastre:


Ficou em Vila Meã depois da morte dos pais, porque era muito ligada à sua irmã Maria Antonia e aparecem juntas em muitas fotos. Casou-se na igreja da freguesia de Real, em 1916, com seu tio e primo Carlos Alberto de Queirós Barros, da Casa do Folfurinho. Uma prova dos laços dessa casa com a Casa de Valbom é o fato desse casal ter herdado a dita Casa de Valbom, uma das casas mais antigas de Castelões, que pertenceu ao seu bisavô Antonio José de Barros e Souza, tanto que ele deixou suas iniciais gravadas num pórtico daquela casa, depois de ter feito uma reforma em 1842. Como Arcângela não teve filhos, o casal legou a Casa de Valbom ao seu sobrinho e afilhado Carlos Henrique Lencastre de Freitas, filho da Maria Antonia Queirós de Lencastre.

(Obs: visitei a Casa de Valbom quando era usufrutuária Maria Eduarda dos Santos Franqueira, a viúva de Carlos Henrique Lencastre de Frietas. Fui levada pela sua irmã, Fernanda Alice dos Santos Franqueira, que era viúva do meu tio Dr. José Alvares de Souza Soares (4º do nome), primo direito da minha mãe.)


Maria Antonia Queirós de Lencastre:


Consta que foi a única filha que permaneceu em Vila Meã depois da morte dos pais, mas creio que tenha sido criada junto com sua irmã Arcângela. Foi criada na Casa da Botica pelo seu tio Dr. Luiz Coelho de Queirós, que era o senhor daquela casa e a fez sua herdeira. Casou-se com o farmacêutico Carlos Alberto Rebelo de Freitas, que tocou o negócio da família e re-batizou a botica de Farmácia Freitas. Tiveram 9 filhos: Maria Antonia (Tonisca), Miguel, Maria Hermínia, Luiz Carlos, José Eduardo, Carlos Henrique, Maria Helena, Maria Alzira e Maria do Carmo.


As irmãs Arcângela e Maria Antonia de Queirós Lencastre
As irmãs Arcângela e Maria Antonia de Queirós Lencastre

Antonio de Barros Teixeira de Lencastre:


Foi viver em Lisboa e tornou-se professor da Faculdade de Veterinária de Lisboa. Casou-se com Hermínia Branco Teixeira. Dos 4 filhos que tiveram, sobreviveram duas filhas: Maria Teresa de Jesus Teixeira de Lencastre, casada com Dom Segismundo Caetano da Câmara de Bragança, tem 3 filhos (Antonio Maria, Segismundo e João Maria) e Maria Antonia Teixeira de Lencastre, casada com Manuel Leitão, tem 3 filhos (Antonio, José Manuel e Ana Sofia).



Fotografias da Família da Casa do Folfurinho



Sebastião de Barros Teixeira cir 1900



Sebastião de Barros Teixeira (de um retrato a óleo) cir 1880



Leopoldina Augusta de Queirós Reis (de um retrato a óleo) cir 1880


Leopoldina Augusta de Queirós Reis cir 1900


Na escada da Casa do Folfurinho: Sebastião de Barros Teixeira (2) ,

Leopoldina Augusta de Queirós Reis (1) com seus 10 filhos e

a avó materna, Maria Madalena de Magalhães Queirós (5)


Maria José e Maria Emília Teixeira de Queirós Barros cir 1910

com os sobrinhos Jorge e Maria Helena, filhos de Maria Sebastiana


Maria José de Queirós Barros com sua filha Maria Leopoldina Lopes Vieira


Oficial de Marinha Antonio José de Barros Vieira Coelho (filho de

Maria Leopoldina) cujo filho "Toni" herdou a Casa do Folfurinho


Sebastião de Barros Teixeira e Lepoldina de Queirós Reis com as filhas

Maria Emilia, Maria José, Maria Leopoldina, Maria Sebastiana, e netos


As irmãs Maria José, Maria Sebastiana e Maria Emília com Jorge e

Maria Helena (filhos de Maria Sebastiana) cir 1910


As irmãs Maria José, Maria Emília e Maria Sebastiana de Queirós Barros



CRÉDITOS:


Deixo aqui os meus agradecimentos ao meu querido primo e confrade genealogista FRANCISCO MANUEL DE SOUZA SOARES DA GAMA pela sua gentileza em partilhar comigo a sua coleção de fotografias da família da Casa do Folfurinho, das quais selecionei uma pequena amostra para ilustrar esse modesto trabalho.



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